quinta-feira, 30 de abril de 2015

Treta: Sexo no RPG

Saiu um artigo na VICE sobre a nova tendencia nos RPGs que são cenários e sistemas que permitem a exploração dessa característica bastante atrativa para alguns, afinal isso vende: O sexo. Cuja matéria se chama: 'Transe por Satã': A Nova Geração de RPGs Centrados em Sexo.Como esperado isso está dando o que falar e vejo grupos, principalmente feministas falando sobre. (Não que eu ache ruim, pelo contrário, acho que todos tem o direito de se manifestar). Compartilhei a notícia em meu perfil no facebook esperando pelo resultado, muitos ficaram surpresos e meio receosos em clicar no link, assim como outros adoraram a idéia ou estavam curiosos com essa nova tendência, afinal sexo parece agradar todo mundo. Com isso, comentei no post e com as devidas adaptações e correções segue a opinião desta pobre autora que vos fala.

Ladies and Dudes... E sim, lá vem tijolo.

Não sei se leram a notícia, porém li tudo. O titulo apesar de ter sido bem sensacionalista e cumprir sua função de chamar a atenção dos leitores para a matéria... A mesma  aponta várias coisas que acredito que sejam relevantes como a introdução e flexibilização na questão de gênero/sexo das personagens que oh- que incrível, todos podem jogar e fazer personagens como bem entendem! (um beijo para o/a bardo/a Viator/Bèatrice Bauby, pleno período medieval e querendo explodir igrejas e atraída por elfos andróginos - isso é papo para outro dia, sobre minha primeira experiência com o sistema GURPS).

E Também a mesma fala sobre o fato de muitos sistemas/cenários serem hostis a mulheres, onde tem todo um mecanismo onde se explora o estupro menos o sexo consensual tipo... tipo... What The Fuck? isso é doentio, mesmo que seja "justificável" pelo cenário (Isso porque infelizmente era comum sair estuprando por ai qualquer um que se mexesse), como mestre - e me considero ser bastante liberal -  me sentiria extramente desconfortável em mestrar uma cena de estupro se a mesma não tivesse nenhum impacto na mesa e nos jogadores que devem achar isso abominável. (eu espero).

Por outro lado, nada, repito, nada impede de ter situações bizarras ou erradas em mesas, com consenso ou sem consenso dos jogadores e do/da mestre, afinal essa é a graça da experiência nas mesas e talvez fosse uma forma de retratar algumas situações tensas como um estupro, mas conhecendo o senso comum, já sinto uma forte ojeriza ao concluir que muitas pessoas vão achar isso engraçado. "hue hueheuhe se ferrou" "hueheuehueh ela/ele mereceu".

Antes que venham com butthurt "mimimi feminista, assexual e o diabo de quatro" vocês não acham estranho o fato de utilizarem o sexo para vender sistemas de RPG? É sério que chegamos no limite intelectual e criativo que não há novos campos para serem explorados? Bem, devo concordar que é bom observar o crescimento da liberdade sexual e como pessoas podem colocar essa pauta em discussão, que ainda é um tabu. E mecanismos para enriquecer a interpretação e criação de personagens, claro que há muito para melhorar, porém sempre há aquela preocupação. Certo?

No entanto, eu não sei vocês, mas me sinto super desconfortável com a ideia de mestrar algo para um grupo de marmanjos ficando excitados e tudo mais e eu tendo que "assistir" isso enquanto descrevo e interpreto cenas de algo que eu não compreendo que graça tenha e o porquê do sexo vender tanto.

Mas claro... cada um é livre para achar o que quiser e fazer o que quiser, se não enxergam o problema nisso ou até acham isso divertido e interessante para rolar em mesas, de boa, menos sobre estupro (de qualquer pessoa independente do sexo e gênero), isso nunca será de boa. 

domingo, 19 de abril de 2015

A Culpa é do Dado: O Retorno

Salut ça va?

Quanto tempo não é? Sei que andei distante do blog e da página do facebook. Porém... Não mais! Estamos de volta! *Sons de fogos, gritos e música alegre*  E trago novidades... Uma delas que estou com uma nova campanha presencial de Final Fantasy D6 - uma versão indie mais enxuta do FFRPG.

A priori não falarei dos sistemas e/ou esquematizar as diferenças e sim do cenário da campanha.

Algo aparentemente está errado, chamando atenção e deixando todos até os mais céticos preocupados: Uma segunda lua.
Desde que essa segunda e misteriosa lua surgiu os ânimos se alteraram, guerras foram declaradas, minorias perseguidas, magia próxima de ser banida, crescimento tecnológico...
Anos se passaram...
Os Al Bhed, uma sociedade anarco-tecnológica enviaram várias expedições para averiguarem o que haveria naquela segunda Lua... No entanto... nenhuma retornou.
Enquanto o caos tomava o planeta, mais uma expedição era planejada e divulgada esperando voluntários que não temiam a morte.
A notícia correu rápido pelos 4 cantos do planeta até nas sociedades mais longínquas e que desconhecem o idioma comum da região.
Muitos viram como uma oportunidade para satisfazer suas motivações mais individuais, não necessariamente salvar o mundo do caos. O que pode acarretar em mais problemas...
Será que seres tão diferentes conseguirão trabalhar em equipe?
Final Fantasy

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Os Contratempos de uma pobre Mestre de RPG



Salut à tous... Vai chegando aquele período na trama que fica praticamente impossível algum jogador não cumprir com suas obrigações que é aparecer nos dias de jogo e interpretar sua personagem. Porém, lembram daquele primeiro post que mais da metade dos jogadores sumiram? E fui obrigada a dar um reboot na trama? 

Pois bem não foi tão traumático porque estava bem no começo da trama. Porém, não tive a mesma sorte, desta vez, o jogo estava sobrevivendo por quase 6 meses e por diversos contratempos não consegui levar as personagens para a parte da trama que interessava que era a viagem entre os diversos multiversos.

Quando isto finalmente iria acontecer... Dois personagens sumiram sem aviso prévio. Sinceramente, no começo pensei que fosse por causa dos estudos e outras responsabilidades como foi o que aconteceu com Jogador que interpretava o personagem Thomas (que ainda não apareceu na trama divulgada aqui no blog) estava bastante ocupado com universidade e pediu para que eu arrumasse uma saída para personagem sumir da trama mas sem que ela tivesse morrido, como se tivesse ido viajar para melhorar suas habilidades ou algo do gênero. Dito e feito. Arrumei uma solução para o problema sem que prejudicasse o avançar da trama.  

domingo, 21 de abril de 2013

Jogadores: Paciência tem limites.

Observando as diversas insatisfações de diversos mestres sobre diversos tipos de novatos e jogadores. Estou aqui neste pequeno texto (a intenção pelo menos era que ele fosse pequeno mas a insatisfação é tanta...) Desde que voltei a frequentar o RRPG tenho observado uma queda no nível dos jogadores, sim, senhores, uma queda. Seja na educação, paciência e no conceito de Role-Playing Game. Muitos têm esquecido que a parte da Role, talvez seja mais importante que o "Game" - rolar de dados- em si. Claro ambos são importantes mas digo que a interpretação da personagem tem uma importância maior.

sábado, 20 de abril de 2013

Da série: História x Regras, Episódio 1


Olá amigos, aqui estou eu escrevendo minha primeira postagem para o A Culpa é do Dado. Para quem não me conhece, meu nome é Rafael Viana. Vocês devem me conhecer melhor pela alcunha de Sebastian Gardner, o tímido e sério professor de Física, um dos protagonistas da campanha It’s An Heroic Time.

Há algum tempo atrás, fui convidado para escrever para o blog; mas fiquei bastante indeciso sobre o quê falar a vocês. Durante estes meus 14 anos de rpgista, obtive uma larga experiência através de muitas e muitas sessões de jogo, com diferentes tipos de jogadores e mestres. E apesar de possuir várias histórias e casos interessantes para compartilhar, fico pensando se realmente há algo de útil para ser dito. Bem, ainda não tenho esta resposta; mas ainda assim vou transmitir algumas idéias e opiniões pessoais sobre os diversos temas que envolvem uma mesa de RPG.

E para começar, o meu primeiro tema será sobre a relação entre a ficha de personagem e a sua história na campanha. Como assim?

Narrador: — Então, que personagem você vai querer ser?
Jogador: — Bem, vou começar de mago, mas depois vou virar clérigo de Thyatis, em seguida me junto aos Paladinos de Wynna e termino como Explorador da Tormenta!
Narrador: — ...

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Construção de Personagens - Aula 1 do Ruína - Originalidade

Olá, futuros ruinetes!
Sou um dos jogadores da mesa "It's a Heroic Time!", e jogo como o personagem "Ruína".Tenho certeza de que logo, logo, terá um texto dedicado a ele aqui nesse blog... 

(Olha para a Narradora de relance)

Mas esse não foi o motivo de eu vir aqui escrever um texto. A razão por trás dessa minha súbita aparição foi muito mais séria: Dar uma aula básica sobre a construção de personagens.
Não pretendo revolucionar O Método. Tio Stanislavski (*-*) foi melhor nisso do que eu, mas acredito que eu possa dar alguns conselhos que ajudarão os rpgistas novos, e com sorte até os mais antigos.
Então, ruinetes, vamos ao que interessa!

1- Seja original


Essa é uma regra importante, e que engloba vários erros cometidos normalmente quando se cria um personagem. Ela pode ser dividida em 3 partes:

Não copie o personagem alheio - Essa parte pode soar óbvia para a maioria de vocês, mas não me refiro somente ao plágio. Frequentemente vejo jogadores fazendo personagens claramente copiados de outras mídias (Em inglês, chamados Expy, se me recordo bem) como filmes, quadrinhos e mangas. Isso inclui também personagens que, na verdade, são só uma mistura de outros, não tendo nenhuma característica verdadeiramente própria. Essa parte da regra pode ser quebrada em caso de paródia, ou reinterpretação de um personagem já existente, mas para fazer tal precisa-se ter bastante experiência, então não recomendo a iniciantes.
P.S.: Usar ideias que você encontra por aí em seu personagem está ok, desde que não o transforme  em uma colcha de retalhos.

Evite clichês - O orfão, o overpower, o dramático, o filho dos deuses, o sinistro anti-social. Todos esses e mais alguns são clichês, tanto em histórias quanto em rpgs. Evite clichês sempre que puder; tente criar algo inesperado! A exceção a essa parte da regra é a mesma da de cima: Paródia e experiência. Se você quiser criar um personagem anti-social que seja uma completa subversão do conceito, seja meu convidado! Pessoas mais experientes conseguem usar os clichês bem, pois, afinal, são clichês por alguma razão (Pessoalmente, eu usaria Eragon como exemplo). Mas para fazer isso, o autor precisar ser realmente bom, pois é como um comediante contando uma piada que todos já conhecem: Pra dar certo ele tem de saber usar isso a seu favor.

Dê seu toque pessoal - Essa é a parte da regra que não tem exceção. Toda vez que você criar um personagem, lembre-se de torná-lo confortável de se interpretar. Não adianta nada ter escrito um verdadeiro romance biográfico para ele se na hora do jogo você não consegue fazer jus. Mais sobre isso depois, mas essa parte em especial é a preparação do terreno: Se você sabe que não consegue interpretar alguma característica bem não a coloque, pense em outra coisa. Ou, como alternativa, aprenda a interpretá-la, mas isso demora e exige um esforço maior.

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Bem, ruinetes, por hoje é só!

Próxima aula, planejo falar um pouco da interpretação em si, espero que tenham gostado!

A árdua missão de ser Mestre: Jogadores Non-sense.

Salut à tous! Ça va bien?  Hoje estou aqui para expor algumas de minhas experiência como Mestre/Narradora/Deusa/Mocorongo cheio de livros e tantas outras demonstrações de carinho de candidatos à um papel na trama.  Pelo menos no RRPG (Programa utilizado para as sessões) há uma onda de usuários muito mal educados e que acham que a pessoa que se propõe a narrar tem que estar disposta a seguir todos os caprichos possíveis e acatar ao seu bel-prazer o que quer fazer ou deixar de fazer quando está montando o seu BackGround sobre a personagem.  Abaixo segue uma imagem que resume uma parte do que acabei de digitar: